Startup promove cursos gratuitos para mulheres, especialmente as negras e transexuais, trazendo mais diversidade no setor

A tecnologia é uma área dominada por homens, onde poucas mulheres têm incentivo o suficiente para se inserir e ocupar cadeiras nas graduações, nos times e nas lideranças. Pensando nisso surge o {reprograma}, uma startup de cunho social, que trabalha para reduzir a diferença entre os gêneros na área. O programa visa, além de ensinar, promover o empoderamento das alunas dentro da tecnologia.

Os cursos pagos e gratuitos que existem no país não suprem a  demanda de trabalho no setor. A estimativa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) é que o Brasil terá uma demanda de 420 mil profissionais da área até 2024, mas só forma 46 mil pessoas por ano. Os grandes beneficiados pelas oportunidades continuam sendo os homens. De acordo com um levantamento financiado pelo International Development Research Centre (IDRC), as mulheres não chegam a ocupar um terço do mercado brasileiro de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês).

O {reprograma} tem como idealizadoras Carla De Bona, Cofundadora e Diretora de ensino da {reprograma}, que criou a startup social juntamente com Mariel Reyes Milk, CEO e fundadora, e Fernanda Faria, Diretora de Operações e Cofundadora. Desde 2016, a empresa já formou mais de 700 mulheres apenas nos cursos para adultos.

O racismo e a transfobia, presente na tecnologia tanto quanto nos demais setores do Brasil, são problemas que o projeto tem trabalhado para resolver: 61% das alunas das turmas já finalizadas pela startup são negras e 3% trans. O trabalho chamou a atenção do BID Lab (Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento), que se juntou com a {reprograma} para criar a iniciativa Todas em Tech. Outro nome de peso que apoia a iniciativa é o Google, a startup é uma das 34 organizações mundiais selecionadas para o Desafio de Impacto do Google.org para Mulheres e Meninas. 

 

Fonte: The Shift

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