Equipamento será administrado pela Unesc

Criciúma agora conta com o Crio, Centro de Inovação Criciúma, que é administrado pela Unesc. O espaço foi inaugurado no final de abril de 2024 e abriu as portas para que a inovação e a tecnologia ganhem um novo e grande impulso no sul catarinense. Além da Unesc, que leva toda a expertise da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt), por meio do Hub de Inovação Unesc Connect, o Crio já abre as portas com outras instituições instaladas, como a Prefeitura de Criciúma, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); o Sebrae/SC; a Cristalcopo e a SDI Comunicação Criativa.

Centro de Inovação Criciúma (Crio) impulsiona o sul catarinense

Luciane Bisognin Ceretta, reitora da Universidade, lembrou que a conclusão e a inauguração do Centro de Inovação só foram possíveis devido à união de esforços de pessoas e instituições. “Quando enxergamos a obra pronta, muitas vezes não conseguimos visualizar que ela tem consigo a energia de muitas pessoas que colaboraram para que ela pudesse ser concluída. O Crio representa a materialização do compromisso com a criatividade, com o progresso econômico e com o desenvolvimento social, porém, uma estrutura como esta, não se constrói sem uma rede colaborativa e sem a capacidade de construção coletiva”, enfatizou. 

No dia 2 abril de 2013, o Governo do Estado anunciava a constituição da Rede Catarinense de Centros de Inovação, que seriam compostos, naquele momento, por nove equipamentos, sendo Criciúma um destes locais. “Por inúmeros motivos, 11 anos depois, conseguimos, de fato, fazer a entrega. É um dia histórico, que precisamos celebrar juntos. Por mais que tenhamos alguns mais imbuídos do propósito de tê-lo concluído, ele só foi finalizado porque tivemos uma capacidade sem igual de superar as nossas diferenças e olhar para os pontos de divergências de um modo muito menor que aqueles que vimos como convergência, que era a causa de termos aqui um Centro de Inovação. Desejo que este novo equipamento possa fomentar novas matrizes econômicas, ou ainda implementar aquelas que temos. Por isso afirmo que esta é uma construção coletiva”, falou.

Ao todo, o Centro de Inovação Criciúma recebeu investimentos de R$ 27.234.302,22, sendo que os valores destinados pela Unesc são de R$ 15.396.650,81, ou seja, 56% do total da obra. Destes valores, R$ 13.022.000,00 são referentes à cessão de uso do imóvel. Já o Governo do Estado destinou R$ 7.051.061,49 (26%), por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, além de R$ 1.804.472,31 (7%), da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Prefeitura de Criciúma investiu R$ 1.437.237,79 (5%). Além disso, R$ 1.544.879,82 (6%), são provenientes de emendas parlamentares.

Além de fortalecer a Rede Catarinense de Centros de Inovação que já conta com 15 espaços como este pelo estado, a partir de agora, o Crio será um ponto de encontro e de colaboração entre os quatro setores da sociedade. O Centro de Inovação Criciúma será um espaço de produção, integração, compartilhamento e aplicação de conhecimento, tecnologia e inovação relevantes que visa desenvolver empresas, startups e empreendedores ao articular com os setores públicos e privados, além  das Instituições de Ensino Superior.

O governador Jorginho Mello reforçou a busca pela excelência dos Centros de Inovação e enalteceu a parceria com a Unesc. “Queremos que os centros de inovação tenham vida, pensem em tecnologia e em inovação. Se preocupem com a academia e com a formação profissional. É para isso que eles são criados. Estes aparelhos são fundamentais, pois, além da missão destes equipamentos, quando firmamos uma parceria com uma Universidade com a qualidade da Unesc, é um casamento perfeito, pois permite mais que o fomento de empresas, mas também possibilita a criação de um ecossistema. Tomara que todos os equipamentos do estado tenham este mesmo destino, pois a Acafe é um sistema nosso que nos permite fazer parcerias. Aqui, teremos a gestão da Unesc e não tenho dúvida que será exitosa. Vamos fazer com que todos os centros de inovação tenham vida e pensem em tecnologia, inovação e se preocupem com a academia. É para isso que são criados”, salientou o governador Jorginho Mello. 

O setor de tecnologia representa hoje 6,5% do Produto Interno Público (PIB) catarinense. São 20 mil empresas que geram em torno de 80 mil empregos. Os números apresentados pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, representam um pouco da importância do segmento para o estado e da abertura de um Centro de Inovação na região.

“Investir em tecnologia é importante para o desenvolvimento. É um pilar importante de justiça e desenvolvimento social e sustentável para o país e para a região de Criciúma. Quando analisamos o que é fundamental para o desenvolvimento de inovação, temos o conhecimento, o financiamento e a infraestrutura, três pontos que são entregues hoje com a inauguração do Crio. E não teria ninguém mais apropriado para fazer a gestão do Centro de Inovação que não fosse a Unesc. Este empreendimento será, sem dúvida, um marco de um novo momento da região Sul, a partir de Criciúma, e contribuirá com o desenvolvimento econômico de Santa Catarina”, observa.

Outro ator importante neste processo de implantação é a Acic, algo que foi salientado pelo presidente do órgão, Valcir Zanette. “A inauguração do Centro de Inovação representa a realização de um sonho acalentado há mais de uma década pela classe empresarial, diversas entidades, instituições e toda nossa comunidade. O empenho conjunto de todos esses atores é agora recompensado com a concretização desse importante projeto que, sem dúvida alguma, inaugura uma nova era na economia de Criciúma e consolida a região como polo de desenvolvimento de tecnologia, inovação e diversificação da economia, sendo um agente de colaboração para o desenvolvimento regional, indo além das empresas de tecnologia ”, enaltece.

Há 11 anos, quando Criciúma foi uma das cidades escolhidas, se constituiu um comitê de implantação que teve como primeiro presidente Mário Gaidzinski, que se diz orgulhoso em ver o resultado de tantos anos de trabalho e realizado por muitas pessoas. “Este é um dia que todo o Sul tem que se orgulhar, porque projetos se tornaram realidade, e realidades podem mudar a qualidade de vida das pessoas. O espírito é que em movimentos como este, em que a coletividade gera valor e que a sinapse entre empresas, instituições de ensino e entidades organizadas consigam fazer com que transferimos a qualidade de vida dos cidadãos. O Centro de Inovação é um marco para o Sul e representará um grande percentual e valor agregado para Criciúma. Sinto muito orgulho por ter feito parte disso. O que vale são as sementes que cultivamos e aquelas que plantamos 11 anos atrás estão gerando frutos agora. Tudo foi feito com muitas mãos que colocaram o DNA neste empreendimento”, mencionou.

O projeto do Centro de Inovação Criciúma foi foco de muitos de encontros de lideranças da região ao longo de mais de uma década, porém, a linha do tempo do processo de implantação e a participação da Unesc remonta ao dia 22 de março de 2019, quando uma reunião com o governo de Criciúma tratou da parceria  entre Unesc, prefeitura e Acic para tirá-lo do papel definitivamente. 

Para isso, a Universidade concedeu o prédio do Complexo Nereu Guidi em benefício do desenvolvimento da região. Já a liberação de recursos ocorreu em 13 de setembro do mesmo ano, em evento realizado no Auditório Ruy Hülse, no campus da Universidade. A partir daí, uma comissão de implementação do Crio foi formada e desde então trabalha para o desfecho que será celebrado com a inauguração oficial do espaço.

Centro de Inovação Criciúma (Crio) impulsiona o sul catarinense

Informações: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc

Fotos: Décio Batista/Agecom/Unesc e Maurício Vieira/Especial

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