Os equipamentos de eletrofiação desenvolvidos pela empresa produzem membranas com fibras que podem ser aplicadas em diversas áreas

Com apoio dos órgão de fomento do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), a DBM Eletrotech, de Joinville, está inovando usando a nanotecnologia. Os equipamentos de eletrofiação desenvolvidos pela empresa produzem membranas com fibras em escala nanométrica e micrométrica que podem ser aplicadas na área da saúde, em sensores, em filtros, na indústria têxtil têxtil e em produtos veterinários, entre outros.   

A história da DBM Eletrotech teve início com um grupo de professores que resolveram inovar, com o desenvolvimento de um equipamento na área de eletrofiação.

Essa máquina começou a ser desenvolvida nas bancadas de laboratório da universidade e transpôs os muros acadêmicos para gerar valor econômico utilizando a técnica de eletrofiação. Essa técnica permite obter nanofios a partir de uma solução polimérica sujeita ao campo elétrico. Por serem materiais na escala nanométrica possuem maior área superficial e maior economia de matéria-prima.

Essas membranas já geraram dois produtos, com pedidos de patentes depositados. Um deles é um curativo bioabsorvível e tridimensional que imita a pele e não precisa ser removido pelo paciente. O outro é voltado para doença periodontal. É uma membrana porosa que permite o fluxo sanguíneo, com fármaco que auxilia na regeneração óssea e serve como barreira para os tecidos moles.

A startup também participou dos esforços para combater a Covid-19. Foi uma das selecionadas em um edital da Fapesc com um projeto para desenvolver filtros usando nanotecnologia. Recebeu R$ 99 mil e desenvolveu um filtro que, além da proteção mecânica, possui nanopartículas que inativam o covid em 99,9%. Ela pode ser usada tanto para filtros de ar-condicionado, de equipamento hospitalares, como para equipamento de proteção individual.

Esses produtos estão em fase de ser comercializados já que a empresa está em negociação com investidores. De acordo com Daniel Kohls, sócio da DBM, o P&D das membranas eletrofiadas é o cerne da empresa, mas ela detém o know-how da cadeia produtiva, da fabricação da máquina até a obtenção das membranas eletrofiadas. 

Enviando Comentário Fechar :/