A Neoprospecta, de Florianópolis, viu a empresa ingressar em um novo momento após receber recursos do Governo do Estado e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meio do Programa Tecnova. Executado no estado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o Tecnova concede subvenção econômica para empresas investirem em projetos de inovação como o que a Neoprospecta fez: uma nova versão da solução já oferecida às indústrias para preverem o risco de contaminação microbiana, por meio do sequenciamento de DNA, agora, em forma de uma plataforma que usa inteligência artificial.

O CEO da empresa, Luiz Fernando Valter de Oliveira, afirma que os R$ 290 mil recebidos de fomento na época, foram essenciais para o crescimento da Neoprospecta. A empresa de biotecnologia se dedica à geração de conhecimento e inteligência para a tomada de decisões na indústria. “Já estávamos no mercado com o produto rodando, mas percebemos que precisaríamos modificar a solução para ajudar ainda mais a indústria. Então usamos a inteligência artificial para criar um modelo que pegasse os dados de sequenciamento de DNA que já estávamos usando para identificar a presença microbiana na indústria e criar um padrão que identificasse o problema antes dele acontecer”, conta.

Segundo Oliveira, o recurso do Tecnova foi fundamental e chegou em um período que a empresa precisava investir em P&D mas não dispunha dos valores necessários. “O produto das empresas de biotecnologia tem um ciclo de maturação mais longo. Assim, elas precisam de recurso para investir em P&D para desenvolver um produto que vai demorar mais tempo para chegar ao mercado. O recurso da Fapesc foi fundamental para conseguirmos desenvolver uma solução que para o nosso modelo de negócio era muito importante. Ajudou a criar essa versão beta do produto, para primeiro verificar se tinha afinidade com o mercado e só depois colocarmos ele no mercado para gerar receita”, comenta.

Atualmente, a inovação do produto que foi iniciada a partir da subvenção do Governo do Estado e da Finep, já está gerando receita para a empresa. Além de estar sendo utilizada no Brasil, a plataforma será implantada em 11 fábricas de uma multinacional.

A chamada pública é aberta para a participação de empresas que faturaram de zero até R$ 16 milhões em 2023. No Tecnova 3, Santa Catarina, ao lado do Paraná, possui o maior orçamento do Brasil para o programa (cada um com subvenção econômica de R$ 30.120.000,00). O valor desta edição é maior que a soma dos dois editais anteriores em Santa Catarina.

Para a terceira edição, o número de propostas selecionadas pode chegar a 60. Em 2024, além do valor de subvenção econômica principal, cada empresa poderá optar por receber recursos de até R$ 75 mil para investir em aceleração e até R$ 27 mil para utilizar em projetos de internacionalização.

Os projetos submetidos para o processo de seleção do Programa Tecnova 3 devem solicitar valores de, no mínimo, R$ 477 mil e, no máximo, R$ 702 mil – esses valores já contemplam os recursos de aceleração e de internacionalização. As empresas beneficiadas darão um percentual mínimo de contrapartida, de acordo com a sua receita operacional bruta em 2023.

 

Informações: FAPESC